Curva de juros da economia: a influência nos investimentos

A curva de juros da economia é influenciada por diversos fatores e também é capaz de influenciar na decisão de investidores, antes de realizar as suas aplicações no mercado financeiro.

Tão importante quanto entender o comportamento dos agentes econômicos, é saber analisar de forma completa a curva de juros da economia e como as suas diferentes inclinações podem interferir na rentabilidade dos investimentos que compõem a sua carteira.

Descubra agora o que é curva de juros, como analisar os seus movimentos e oscilações, qual a sua relação com a taxa de juros Selic e como essa curva interfere na tomada de decisão dos seus investimentos, continue a leitura do artigo!

Descubra nesse post:

Curva de juros e taxa Selic: qual a relação?

O que é curva de juros?

Representação gráfica

Desvendando os movimentos da curva de juros:
– Normais
– Invertida
– Super Inclinadas
– Planas

Como a curva de juros da economia influencia nos investimentos?

Vamos lá?

Curva de juros e taxa Selic: qual a relação?

A curva de juros está relacionada a diversos fatores e acima, você pode verificar as diversas influências exercidas pelo mercado. Sobre a relação estabelecida com a taxa básica de juros, a taxa Selic, é preciso uma discussão aprofundada sobre o tema.

A taxa Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central (BC), e é definida por um Comitê de Política Monetária do BC (Copom), em reuniões que acontecem a cada 45 dias.

O BC é o órgão responsável pela política monetária de um país, seja ela restritiva ou expansionista e como o próprio nome diz, ela é a taxa de referência para todas as taxas de juros praticadas no país. 

Então, as taxas de cartão de crédito, de empréstimos e financiamentos são definidas pelos bancos a partir da Selic. Para garantir que a taxa básica esteja dentro da meta estabelecida, o Banco Central atua com no mercado de compra e venda de títulos públicos.

Logo, esta é a principal relação da curva de juros com a taxa Selic: uma relação direta, na qual todas as taxas de juros praticadas no mercado financeiro se baseiam, gerando as expectativas dos agentes do mercado financeiro: corretoras, especialistas e investidores pessoa física, sejam profissionais, ou não.

O que é curva de juros?

A curva de juros é uma representação gráfica que apresenta a movimentação ou tendência da taxa de juros em um determinado período. Ao interpretá-la é possível compreender como estão as expectativas dos investidores, o estado da economia e antecipar movimentos no mercado financeiro.

Por ser capaz de oferecer tantas informações, ela pode ser considerada uma ferramenta de análise para quem deseja investir de forma mais precisa e assertiva, se apoiando em dados probabilísticos e fundamentação estatística, funcionando, portanto, como um indicador de investimentos.

Representação gráfica

Ao colocar valores referente ao histórico da taxa de juros básica do Brasil em um período de 14 meses em uma planilha e gerar um gráfico a partir desses dados, então será possível verificar uma representação da variação dos juros em relação ao tempo:

É possível verificar o quanto a linha que representa a taxa de juros começa com uma breve elevação, depois sofre uma queda brusca e posteriormente começa a se elevar novamente. Entretanto, esta é só uma simples análise e muitas outras informações podem ser obtidas a partir deste ponto.

As curvas de juros podem apresentar inclinações completamente diferentes e por isso, são denominadas: normais, inclinadas e planas.

Normais

As curvas, consideradas normais, apontam para taxas de juros mais baixas no curto prazo e taxas mais altas no longo prazo. Caso a inclinação seja ascendente, isto significa que existe a possibilidade de um ambiente econômico crescente, no qual há uma demanda por crédito e investimento.

Invertida

Uma curva invertida representa justamente o contrário das curvas normais, nas quais as taxas de juros no longo prazo ficam mais baixas do que no curto prazo. No Brasil, uma curva invertida indica uma pequena instabilidade na economia.

Nos Estados Unidos, as curvas invertidas possuem uma representação com maior gravidade, pois significam períodos que apontam para uma recessão.

Super Inclinadas

Nos casos em que as curvas de juros estão super inclinadas, significa que entre o curto e o longo prazo, há grandes divergências, promovendo um ambiente instável quanto à tomada de decisão dos agentes financeiros.

Em outras palavras, existe uma grande nuvem de incertezas pairando no mercado, por conta da grande discrepância em períodos de tempos tão distintos.

Planas

No caso das “curvas” estarem planas, há diferenças muito pequenas nas curvas sejam no curto ou no longo prazo, demonstrando uma estabilidade financeira, porém não representa um ambiente propício para investimentos.

Talvez, para aqueles investidores, cujo perfil seja moderado ou conservador, pois a calmaria reduz os riscos nos investimentos, assim como reduzem as chances de obter rendimentos superiores. Mas este é um assunto para falar daqui a pouco!

Como a curva de juros da economia influencia nos investimentos?

Falar de investimentos e não relacionar com taxas de juros é praticamente impossível, afinal, um depende do outro em diversas instâncias e com certeza, a curva de juros influencia diretamente em aplicações financeiras. Mas você já sabe como?

A rentabilidade dos títulos depende da taxa de juros. Logo, antes de investir, é necessário verificar a variação da curva de juros ao longo do tempo, para saber quais as melhores opções de investimentos.

Por exemplo, se a curva estiver plana, a melhor opção pode ser escolher títulos com vencimento no curto prazo, já que os rendimentos não são expressivos e oferecem menos riscos, como, por exemplo, títulos de Renda Fixa com liquidez inferior a 90 dias.

Quando a curva for normal, ou seja, com taxas mais altas no longo prazo, então os ativos mais rentáveis podem ser aqueles considerados pós-fixados, variando de acordo com um indexador como a taxa Selic.

Dessa forma, se há a possibilidade de ascendência da curva na taxa de juros, significa que no longo prazo, existe a possibilidade desse tipo de título apresentar uma boa rentabilidade.

Mas, se a curva de juros for invertida, e a rentabilidade no longo prazo for comprometida, então, é a vez de avançar para os títulos prefixados, pois esse tipo de título é atrelado a uma taxa de juros fixada no momento da contratação.

Alguns exemplos desse tipo de aplicação são Letras de Crédito imobiliário (LCI), Certificados de Depósito Bancário (CDB), Debêntures, entre outros disponíveis no mercado financeiro.

Antes de investir, encontre especialistas financeiros, capazes de fazer análises complexas sobre o cenário econômico e financeiro. 

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